sexta-feira, 25 de junho de 2010

O outro

"Saber é poder." Qual momento na história do mundo, a natureza gemeu em dores de parto sentindo um câncer maligno envolver-lhe as entranhas? Um todo cheio de partes. De pequenas partes. Um sem número de relações e dependências. Não existia a natureza. Não existia o outro. Tudo em todos... a seiva corria em nossas veias, as chuvas saciavam nossa sede. Quão soberbo e ignorante, orgulho sem fim. Romper com a natureza, afastar o outro de mim. O mundo agora é uma engrenagem onde os parafusos soltos não tem vez. O homem é um ser com a natureza. Se é não-eu, nada além de coisa. Desculpem minha fragilidade. Eu não sou o outro, não sou com a natureza. O câncer atinge a mim também.

Um comentário:

lídia martins disse...

"Dentro, bem Quintana:

'Em mim, na minha alma, pressinto que vou ter um terremoto'. Mas encontro as docilidades de Deus nas coisas mais banais e tudo serena."