quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

27/12/12

O ano está acabando. O mundo não... Não sou espírita, mas acredito que todo fim é o começo de outra coisa. Penso que pode até acabar pra gente, mas existirá para o que restar. Esses dias eu percebi que o nosso anseio por descobrir a "VERDADE" afastou a mística do meio da sociedade. Acredito que as coisas não se resumem simplesmente em dizer se foi fato ou não, se é verdade ou mentira. Sinceramente, eu questiono a ideia de que a reta é a menor distância entre dois pontos. A parábola é a menor distância entre dois pontos. Nem sempre o caminho mais curto é o que chega mais rápido. Por isso ainda procuro explicar as coisas através dessa linguagem cada vez mais obsoleta. Falo verdades contanto histórias - e aqui não importa tanto a caracterização entre fatos ou não - e às vezes levo fama de mentiroso. Fico preocupado com o futuro da gente. Pelo simples fato de que estamos perdendo nossa sensibilidade - na verdade essa expressão se usa cada vez mais para designar utensílios eletrônicos como o touch - e estamos nos tornando tecnicistas, quase robôs. No aspecto dos costumes e da moral, desejei muito ser coisas que acredito serem muito difíceis ou até mesmo impossíveis de conseguir. Passei vários anos buscando me enquadrar num padrão estético imposto pela sociedade. Queria que alguém dissesse que eu era belo. Mas o máximo que conseguia era ser agradável. Diante dessa reflexão toda, penso que é melhor deixar de tentar ser aquilo que não sou e me especializar naquilo que consigo fazer bem. Se o que tenho de mais belo é ser agradável, que seja assim. Vou aguardar a virada do ano - se eu pensar como o mundo hoje, não passará de uma passagem de segundos no relógio - para renovar a esperança de dias melhores.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

17/12/12

A primavera Árabe não está tão florida assim. Nosso país hoje (17/12/12) tem como notícia principal a vitória de um time pequeno contra os "grandes" da Europa - mas a nossa educação anda longe de competir com a deles. Foi inaugurado também um estádio novo para a copa que se iniciará em 2014. O que achei mais interessante foi a presença de aproximadamente 40 mil pessoas - provavelmente pessoas que não terão condição de entrar naquele lugar nos dias de uso para o qual foi construído. O destino de alguns integrantes do esquema mensalão ficou nas mãos de um senhor que estava adoentado. Estamos no clima do fim de ano, mas esse ano de 2012 é especial, o mundo espera não somente pelo fim do ano, mas, também pelo fim do mundo. Se não estou ficando louco, será daqui a 4 dias. O que vou fazer daqui pra lá? Continuar fazendo o que faço todos os dias. Se o mundo não acabar vou ganhar por não ter desprendido forças em vão para fazer algo que nunca tinha feito. Se ele acabar, vou estar morto e não poderei mais me arrepender de nada que não fiz. Estou neste instante escutando o som de neo-pentecostais e refletindo também se vale à pena revestir uma bomba som seda.

sábado, 27 de outubro de 2012

Carapuça

Se a carapuça servir, use-a sempre
Vou mandar uma em tamanho único, universal
A liberdade tão sonhada de outrora
está sendo banalizada pelos desatinados de hoje
Nas batidas de um barulho díssono
não consigo ter uma noite de sono
Penso nessa celeuma sem motivo
Penso nos motores lançando potências no além
Essa energia poderia mover os moinhos de vento
Aqueles que lançam ideias mundo afora
As ideias que mudam o mundo
Esse mundo
Essas ideias

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sem sentido

Qual a razão de querermos dar razão a todas as coisas?
Qual o sentido de ordenar o mundo
se o que fazemos destrói os nossos sentidos?
A felicidade é um desejo de desejar
A vida é uma caminhada que não obedece caminhos
A morte faz chantagem àqueles que têm medo dela
O desatino é meu destino

domingo, 2 de setembro de 2012

O Vendedor de Ideias

Existiu um vendedor de ideias
Em algum momento de sua vida,
ele descobriu sua importância e utilidade
As ideias não serviam pra nada,
mas o ajudavam a entender o mundo ao seu redor
Ele ficou tão empolgado
com essa nova maneira ser no mundo
Que resolveu ser um vendedor de ideias
Nem ao menos fez uma pesquisa de mercado
Não instigou pra saber a demanda das verdades
Parecia que elas estavam obsoletas, e estavam
Mas ele acreditou em seu produto,
por ter as melhores ideias
Saiu mundo afora procurando compradores
Depois de várias portas na cara conseguiu alguns
Mas estes compraram as ideias
porque não sabiam de que se tratava
Outros o ignoravam quando descobriam
que as ideias não serviam pra nada
O vendedor de ideias começou a se sentir
num ostracismo sem fim
As ideias são importantes demais para serem
jogadas ao vento
Porém, não são úteis o suficiente
para contribuir nesse mundo pragmático
E nessa dialética das ideias
ele resolveu continuar
Encontrando esperança em uma pessoa ao menos
Que lhe desse ouvidos
As melhores ideias estão obsoletas
O vendedor de ideias também
Mas ele não vai desistir de seu desatino
Continuará seu caminho,
porque a vida é movimento
E essa é a melhor das ideias

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Quem está na água é pra se molhar

Meus horários nas escolas estavam mudados e na segunda feira só inicio às 09:00 da manhã. Já havia planejado em mente que seria uma ótima oportunidade de aproveitar um pedaço da manhã para praticar esportes. O problema é que fui dormir tarde neste domingo e de manhã estava com muita preguiça, assim, adiei o meu propósito. Fiquei somente com a natação - comecei a frequentar depois de pagar um mês de academia e perceber que o tempo era corrido pra mim, bem como é entediante fazer exercícios físicos em um local fechado - às 19:00 horas. Quando cheguei e fiz o meu aquecimento na piscina, lembrei do meu último treino de ciclismo e percebi que posso utilizar a natação para auxiliar nas pedaladas. Cheguei ao professor e pedi que ele fizesse um programa como se eu participasse de um triatlo. Ele modificou meus exercícios e percebi que as instruções novas me fizeram evoluir rapidamente. Foi uma hora bem proveitosa, me sinto renovado para enfrentar os desafios de mais uma semana de trabalho. Quando fui sair de casa minha mãe me disse que só ando em cima da hora. Eu respondi: - Sou como Cazuza, prefiro viver dez anos a mil, que viver mil anos a dez. Desistir não passa pela minha cabeça.

domingo, 19 de agosto de 2012

Minha vida na estrada

Eu sempre gostei de praticar esportes. Bem, nem sempre pois houve um período da minha vida em que não tinha motivação para nada. Mas isso não precisa ser ressaltado. Eu tinha o sonho de ser o melhor em alguma coisa - parece até aquele carinha do pânico: o melhor do melhor [...] - mas nunca conseguia nada além do mais ou menos. Isso aconteceu até o dia em que eu descobri que estava querendo do jeito errado. Eu queria ser o melhor para as outras pessoas, buscava reconhecimento. Mas com o passar do tempo e vendo a impossibilidade de me tornar um profissional esportista decidi praticar o esporte - seja qual for - apenas por prazer. O certo é que na busca de ser o melhor em algo, pratiquei muitos esportes. Porém, alguns deles se destacam pelo fato de que cheguei a competir e ganhar medalhas neles. Amo xadrez por ser um esporte que está ligado a minha história desde minha infância. Amo tênis de mesa porque foi o esporte que me fez suar a camisa pela primeira vez. Amo desde minhas entranhas o ciclismo porque é por excelência um esporte de superação pra minha vida. Espero aqui relatar meu cotidiano esportivo, mostrar o que sinto e penso quanto aquilo que move minha existência. Minha vida ON THE ROAD!!!

domingo, 20 de maio de 2012

Invasão do sistema

Estou impressionado como é o sistema, engloba todos numa quantificação infeliz onde o conhecimento é substituído pela informação, onde os números valem mais que o aprendizado. O sistema está na formação do homem, isso é grave demais. O pior é que estou no sistema. Como faço pra ser vírus ou algo do tipo? Como poderei cortar meu cordão umbilical antes dos nove? Estou no sistema e não encontro jeito nem forças para vencê-lo. Não desisto.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Amigo da morte

A vontade de poder para muitas pessoas é vencer na vida. Porém, no cotidiano passam a maior parte do tempo querendo vencer a vida - com medo da morte como se essa guerra fosse possível vencer - ao invés de jogar com, jogam contra a vida, fazendo desta, um enorme campo de batalha. Neste conflito interior, mata-se muito em nome do amor; em nome do amor de Deus... Por essas e outras eu busco ser amigo da morte, para que ela se compadeça de mim e me permita viver um pouco mais.