Não como praga de um Deus
Mas te clamam piedade
Perguntam por que se repete
O Rio de sangue
Não o Nilo do Egito
Mas este do messias
de braços abertos
Este de outrora maravilhoso
De encantos naturais
...
Tuas pirâmides de pedras
À beira dos morros
teus faraós
Revoltos em seus sarcófagos
Buscando perpetuar essa vida
Onde está tua maravilha?
Onde está tua beleza?
...
Copacabana
Copa da bala
Homens em cana
Homens da bala
Copa bacana
...
Quais foram teus pecados?
A quem quiseste ofender?
Teus filhos pagam o preço
de quem não quis obedecer
Filhos do sistema
Filhos do rio
Não do Nilo
Do Rio de sangue
...
Que fizeste tu Egito canarinho
para a ira dos deuses suscitar?
Quero ver-te maravilhosa
Com os mesmos braços abertos
Não de rendição
Mas de redenção
Do redentor
Da redescoberta
de Copacabana
Copa bacana
Um comentário:
Querido Polly...
Lindo o teu desenhar em forma de poema no qual na síntese de sua criticidade sempre vem a nos tocar...No decorrer da leitura do Rio de Sangue, fiz a minha também leitura visual,,crítica e reflexão,onde pude novamente fazer um resgate entre o que é ou era a beleza- o crime – o tráfico - e pessoas inocentes pagando por “outros” em meio a invasões e balas na cidade que era pra ser “maravilhosa”.
O que sinto? O que desejo? O que quero? È com certeza aquilo que todos os cariocas estão sentido agora:Mudança!!!!! E que ela realmente perdure não só nos dias “ruins”, nas crises e estopins das guerras urbanas servindo apenas como um paliativo,mais no diário amanhecer de cada dia.Sei que pensar dessa forma pra alguns é difícil ou quem sabe até fugir da realidade.Mais prefiro ser esperançosa e acreditar em um mundo melhor que ainda dá pra se viver,acreditando no poder da mudança de atitudes e direcionamentos para o bem das pessoas, do que ficar atônica,incrédula,e estática como se dali não pudesse ainda se frutificar algo!
Paz, Paz, e Paz, ao Rio de Janeiro!
È o que todos nós com orações queremos e desejamos.
(GLACY MATOS =) O/
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