quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sistema Copulado

O Polícleto está com raiva, não do mundo, como parece, mas do que fizeram dele; da coisa que o fizeram ser; coisa... Estou como aquele que clama no deserto, falo para os seres que, não como médicos, mas como dotados de sentimentos, acreditam que o mundo está doente... Maldito seja o sistema de Hegel, um emaranhado de abstrações, principalmente pelo que fizeram dele. Esse sistema "fechado", impenetrável, está tal e qual para uma prostituta de pernas abertas, ou como diria em linguagem de caboclo que sou, "mais furado que tábua de pirulito". O desencadear de ideias não me leva nem me eleva o espírito. Maldito seja quem inventou a burocracia, palavra feia, começando pelo nome... ela serve muito bem para robôs que executam tarefas pré-estabelecidas ou ainda para coisas, reificadas mesmo, tornadas meros instrumentos... burocracia... quem gosta de você? Estou farto de ficar tal como se não tivesse pretensões amplificadas, como a maioria dos filósofos se diz ser. Vou enfrentar a maioria. Não tenho munição suficiente, minha aljava de ideias tem poucas setas, por isso devo ter cuidado ao atirar cada uma delas. Não sou filósofo nem poeta, sou um cara que por não concordar com essa langonha chamada de sistema; quer mudar, mesmo que seja furando as abstrações uma por uma... Perpassando por entre estes conceitos que não tem existência nem utilidade vital... indo além do conceito. Alguém já viu o Estado passando por aí? e esse tal sistema que insiste em ficar fora do ar... ele não gosta de trabalhar, é verdade, mas ninguém tem poder para demiti-lo? Essas abstrações devem ser banidas do nosso mundo, dessa "coisa" que chamamos mundo. Somos humanos, devemos ser tratados assim, pelo menos enquanto nos relacionamos uns com os outros, ou até copularmos com o sistema... E o que será gerado? Não sei, mas como está não pode ficar, tem que ser outra coisa...

3 comentários:

lídia martins disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lídia martins disse...

Em textos como esse eu oscilo entre a calma e o desespero. Somos sacos vazios cheios de nada, querido. Mas uma coisa é fato, suas palavras servem para acalentar meu coração. Conforta-me saber que existem no mundo pessoas que não se preocupam em alimentar só o estômago, mas também o espírito.

Só um filósofo em potencial poderia ter escrito isso!


Te abraço com ternura e carinho!

Unknown disse...

meu caro filosofo a humanidade social e política se dissipou desde que o homem descobriu que o progresso era lucrativo e o capital girava em torno disso, portanto o homem já se insere nesse sistema visando o lucro e não a ideologia que acredita ter, no entanto, cabe a nós sermos a pedra no sapato desse aniquiladores de sonhos e oportunidades de um mundo melhor..... " não importa o quanto nos elevamos, seremos sempre pequenos diante daqueles que não sabem voar' NIETSZCHE