sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Meu ceticismo

Eu já nem sei se acredito no céu ou no inferno

Às vezes penso estar vivendo um pouco de cada coisa

O que eu sei é que não vejo fundamento nesse céu dos poetas
e no inferno criado pelos ascéticos

De tudo isso fica a minha existência e finitude

Isso posso falar com segurança

Porque nesses dias contados em que vivo à flor da pele

Eu sinto o céu e o inferno dentro de mim

E nem sempre o céu é tão bom assim

E nem sempre o inferno é tão ruim assim

Uma coisa eu sei que é pra sempre

Tudo começa e termina um dia

Seja com um fim inesperado,
seja com o inevitável crepúsculo da existência

Assim, busco viver intensamente o meu céu e meu inferno

Pois na outra vida - se ela existir -
não posso dizer para onde vou

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