Prefiro ser escritor de blog a ser colunista de revistas, jornais ou algo do tipo... Não duvido da competência deles, mas existe um princípio que me afasta de alguns escritores... A inspiração... Acredito que ela não é como uma necessidade fisiológica, que constantemente nos avisam o que devemos fazer, ou como o sol que, mesmo na incerteza, aparece e vai embora todos os dias... Penso em inspiração como algo que nos assalta a mente, nos envolve de uma ansiedade diferente, uma espécie de orgasmo que nos fecunda e nos motiva, de movere, de nos afetar para algo... Quando estamos envolvidos por esse sentimento, nos colocamos a escrever, a "parir" um texto... No meu miúdo pensamento, isto é um sintoma do que seja a inspiração. E continuo a afirmar que essa dama de beleza velada não escolhe hora marcada para nos envolver... Será que todas as informações contidas nos noticiários são frutos dessa relação? O dinheiro compra inspiração? Podemos nos apropriar dela? Coitados daqueles que tem a obrigação de estar com algo produzido toda semana, ou até mesmo todos os dias... Penso que a inspiração os visita vez ou outra por piedade, por ver seus olhos escurecidos de tantas noites sem dormir à sua espera, para que não cometam traições com seu nome... Digo somente uma coisa: Inspiração não se possui, é um estado de espírito, existe para sentir...
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Ops-center
Outro dia, andando num shopping de São Luís e olhando que existe loja para todas as necessidades cheguei a uma conclusão: O shopping possui tantas lojas porque quem o frequenta não sabe o que quer...
Obs: Eu estava lá, não sei o que quero, mas sei o que não quero...
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Momentos
No começo de minha existência, é verdade que não me lembro, mas, logo no primeiro ano comecei a andar. De uma coisa tenho certeza, a sensação de liberdade, de poder passear com os próprios pés, isso eu sei que senti. Mas logo quando comecei a dar as primeiras carreiras, alguém me alcançou e me segurou. Descobri que não era o único a saber andar, e que muitos andavam mais rápido que eu. Não foi tão grandioso assim... Os anos passaram sem que eu percebesse muito. Aprendi a andar de bicicleta. Magnífico! Esplendoroso! Me equilibrar como se fosse numa corda bamba. Mas, quando cai e olhei os outros continuando seus caminhos, percebi que não era o único que sabia andar de bicicleta, percebi que milhões e milhões o fazem e muitos pedalavam melhor que eu. Não foi tão grandioso assim... Na adolescência, conclui meu ensino médio, pouco depois completei dezoito anos. Me sentia dono do próprio nariz, queria tomar minhas próprias decisões. Mas, descobri que, entre o já e o ainda não, existe um espaço abissal. Descobri que milhões e milhões de outras pessoas completam dezoito anos e concluem seus estudos básicos. Não foi grandes coisas, não havia nada de tão extraordinário na minha vida... Recentemente eu recebi o grau de licenciado em Filosofia, minha primeira graduação superior, quanta alegria, quanta felicidade. Mas, descobri que muitas pessoas também possuem o grau de licenciatura, milhares de filósofos são formados todos os anos no mundo. Não foi algo tão grandioso assim... Então pensei comigo mesmo e me questionei: Onde está a unicidade de todas essas conquistas, de todas as minhas realizações? Até agora eu só fiz o que muitos já haviam feito, sou apenas mais um no meio dessa massa chamada humanidade... Demorei... Isso doeu em mim... Mas, descobri que a unicidade de todas essas realizações está no momento. Exato! O momento em que comecei a andar, o momento em que comecei a pedalar, o momento em que terminei cada etapa de minha formação. Cada um desses momentos foram únicos no universo, porque só aconteceram comigo, uma única vez. E são os momentos que nos constroem, e constroem a nossa história... Carpe diem...
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