segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O senhor do desatino

I

Não tenho medo de como as pessoas vivem no mundo, mas, do modo como elas o interpretam. Não dou tanta confiança ao que as pessoas falam - uma grande parcela é hipocrisia, mas temo o que pensam, temo por suas ideias.

II

Outro dia abri as minhas mãos para uma mulher que as leu com atenção. Ela foi precisa em dizer que até agora eu agia em favor da vontade dos outros. Disse mais, falou que meu futuro depende de minhas escolhas. Foi uma ideia certeira na minha vida, eu que já não acredito tanto assim em um destino 'predeterminado'...

III

Passei boa parte da minha vida aprendendo a conjugar o verbo fazer no pretérito imperfeito do subjuntivo. Confesso que nem sei bem o que isso significa, mas o meu vocabulário consistia em dizer: - Se nós fizéssemos... Eu tinha o sonho de mudar o mundo, mudar as pessoas. Depois de receber dessa conjugação verbal apenas o imperfeito, mudei de ideia, deixei a gramática de lado. Hoje só conjugo as minhas escolhas do presente. Estou sendo... sou areia movediça...