quinta-feira, 30 de junho de 2011

Desatino

O que é o destino senão o somatório de nossas escolhas? O que é a liberdade senão a possibilidade de escolher? O que seria do futuro se não existisse o presente? Estou de volta ao mundo dos loucos, onde os mais fortes não têm vez. Um lugar onde os mais fracos usam de suas forças, e não de seus pensamentos para vencer. O que quase todo mundo chama de destino, na verdade eu digo  que é um desatino. Uma espécie de falta de bom senso em acreditar que tudo já está consumado. Sou errante, do destino, e há quem diga que eu sou desatino...

sábado, 25 de junho de 2011

Vocis Potens

Palavra que é

Palavra criadora

Cria a palavra

Palavra de amor

Palavra que é sopro

Um sopro de vida

Palavra de vivência

Um jeito de viver

Palavra que une e divide

Palavra construção

e desconstrução

Palavra e seu uso

Palavras de poder

Use a palavra

Vocis potens...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Da eternidade

Eu quero ter sempre o direito de escolher
conforme as possibilidades.

Eu quero ter sempre a liberdade de dizer
tudo o que eu penso e sinto.

Eu quero ter sempre a chance de mudar
e continuar buscando a felicidade.

Como uma semente que guarda em si a potência da vida.
Que cai no chão e germina, cresce, floresce e frutifica.

Eu quero ser eterno no que escolho, no que eu digo
e até mesmo quando mudo.

Pois eu quero sempre...

querer...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Liberdade

Em uma sala fechada

qualquer fenda vira possibilidade.

Numa noite em trevas

todo vaga-lume vira lampião.

No fim da vida

todos são iguais.

O medo é o mesmo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Parênese

Viva segundo este preceito

De viver a vontade de viver

Cada dia como se fosse o primeiro e o último

Viva segundo o movimento

Um constante devir

A felicidade consiste na eterna busca

Viva segundo a natureza

A pulsação que nos dá vida e nos move

O amor é o êxtase da vontade de viver

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Toque a pavana

Batam palmas os fracos
que não conhecem a canção
Arritmados e descompassados
Insensíveis ao suave movimento
das notas em vibração

Batam palmas os preguiçosos
que não sabem cantar
Desafinados e roucos
Indiferentes às letras
que falam de amor

Batam palmas todos vós
que fazem um barulho uníssono
Movidos ao toque e canto
daqueles que sabem tocar e cantar

Vós tendes destino traçado
De viver a bater palmas
Sem saber tocar ou cantar
Vós tendes destino traçado
De viver a bater palmas
Até que parem a pavana

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A vida de Polícleto (manhã)

II

Tu és perdido e errante

Ainda non natus, em grandes batalhas

Vencestes quem no fim não te deixará escapar

A morte quis impedir-te de gritar e chorar

O choro da vida, da vontade de viver

Ainda que estivesse imerso em plasma

Conseguiste lutar e vencer

Enxergaste a passagem da escuridão para a luz

Foste para o campo de maiores batalhas

A morte perdeu embebida em seu próprio veneno

Este foi o primeiro parto

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A vida de Polícleto (manhã)

I

Quem é este que se dá a conhecer?

Cuja vida é interessante a todos e a ninguém

Um ser em três estados:

Passado sólido, presente líquido e futuro vaporoso

Alguém que muda as formas

Mas permanece em essência como água

Errante do destino

Eis a vida de Polícleto