Pobres coitados, à beira dos banquetes
pegando migalhas, colhendo esmolas...
Esperando a bondade casual de um descuido e comida ao chão.
Rodeados de cachorros que lambem suas feridas com falsos milagres.
Quanta ilusão...
Desejosos e sedentos por um pouco de dignidade.
Saem de si querendo sanar a podridão que há
Em encontros que mais parecem macabros
Com mais demônios que deuses
Culpa do Estado?
E aqueles, os seus trabalhadores estelionatários?
Ficam de cima olhando o que jogam diariamente no vaso
...
As migalhas que o povo come
...
O fim é o mesmo
A quantidade também
Sete pedaços de terra pra cada um
Um sobe e outro desce
...
Quem decide?
...