sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Exame de vista

MESMO DIANTE



DE TANTA DESESPERANÇA


MESMO DEPOIS


DE TANTAS GUERRAS


AINDA QUE O PLANETA AGONIZE


POR NOSSA FALTA DE CUIDADO


ACREDITO EM UM MUNDO MELHOR


BASTA CONFIAR NA MUDANÇA DA HUMANIDADE


VOCÊ VÊ COMO PODE DAR CERTO?


sábado, 19 de dezembro de 2009

VIVA

Vamos bradar um viva
Viver mais de quarenta no poder...
Enfiar goela abaixo, um viva
Viva por tomar um poder que nunca deixou de ser
Viva por fazer todo mundo acreditar que tudo está bem
Viva por nos humilhar com geraçãode emprego e moradia
Isto era o mínimo que deveria ser feito
Nossas estradas ainda estão cheias de buracos
Nossos hospitais desestruturados
Nossas filas do S.U.S
viva
Mas quando acharmos que está tudo perdido
Faremos com que o viva
permaneça por mais quarenta
ou mais...
A não ser que nossa geração
Possa fazer diferente
Dar uma resposta consciente
Bradar um
VIVA

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Telefonista

Para informações sobre escândalos éticos na política, aperte 9
Para saber que é tão difícil ascender nesse capitalismo selvagem, aperte 8
Para ficar descansando após destruir a terra em uma semana , aperte 7
Para continuar acreditando que domina a natureza
mesmo com tantas catástrofes aperte 6
Para sentir-se sozinho num lugar cheio de outras pessoas, aperte 5
Para iniciar outra guerra sem razão, aperte 4
Para tratar os outros com indiferença como se fossem coisas, aperte 3
Para alimentar-se de muito nada
pela face simpática de um apresentador enfadonho, aperte 2
Para repetir todos os erros pelos quais pedimos perdão, aperte 1
Para fingir que nada disso está acontecendo, aperte 0
Para sofrer e lutar tentando conseguir uma vida melhor, aperte o cinto.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Viva à nossa liberdade

Viva à nossa liberdade; de nascer no escaninho onde nossos pais puderam com muita peleja construir (ainda assim é nosso palácio, nosso castelo).

Viva à nossa liberdade; de escolher ir para uma escola privada se tivermos dinheiro, ou uma pública pois nossos pais estão consumidos de tanto trabalhar e pouco ganhar.

Viva à nossa liberdade; de escolher um curso superior, mas se não fizestes um bom ensino médio, enverede pela licenciatura, escolha entre aqueles cursos que tem pouca concorrência e nos fazem sentir integrantes de uma "elite intelectual", enquanto isso, muitos usam de sua capacidade irracional para decidir como nosso país avançará.

Viva à nossa liberdade; de ter o direito opcional de votar a partir dos dezesseis anos, mas após os dezoito, temos a liberdade de escolher uma meia dúzia de representantes que preferiram a politicagem por profissão. E se usarmos da nossa liberdade de não ir às urnas, receberemos como presente uma série de restrições, inclusive a de não ser admitido caso sejamos aprovados em um concurso ou vestibular por exemplo.

Viva à nossa liberdade; de termos pela constituição federal o direito de ir e vir, desde que tenhamos dinheiro para pagar nossas entradas no cinema, teatro, etc.

Viva à nossa liberdade; de poder gastar nosso suado dinheiro, mas o salário não cobre nem mesmo as despesas básicas. Viva o nosso trabalho manual! Podemos comprar nossas roupas da maneira que quisermos, contanto que permaneçamos na moda, usando os mesmos trajes de cores diferentes.

Viva à nossa liberdade; de escolhermos nosso belo caixão de compensado cheio de detalhes, escolher ainda onde e como vamos ser enterrados. Mas defunto não tem vontade... Viva à nossa liberdade.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Tupy-Adão

Éramos felizes e não sabiamos
Éramos imortais
Estávamos no paraíso, mas disso éramos conscientes
A natureza em perfeita harmonia
Vós não sabieis de nossa existência
Vossas terras estavam corrompidas
A sabedoria tão bela
Que mau uso fizeram dela
Viestes aqui nos ensinar o que não necessitávamos
Mostrastes-nos o pecado
Tirastes nossa imortalidade
Novamente o homem foi expulso do paraíso
Mas dessa vez o pecado original
Fora a invasão cultural
Agora não tem jeito
Está tudo consumado
Semelhante a vós estamos vivendo
Ruminando este sábio pecado.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Fins dos tempos


Não gosto das relações pós-modernas
Sou um homem fora do tempo
E se eu quiser resgatar o passado...
Não dá tempo

Não entendo como tudo funciona
Meu pensamento é lento
Angustiado, prendo-me ao passado
E permaneço fora do tempo

Tudo é passageiro
sempre acreditei
Mas tudo assim tão mágico...

Copos... pratos... garfos...
Tudo descartável
Corpos... fatos... fotos...
Com telos afins

Em minha memória
Só existe o passado
Mas tudo passa tão rápido...
Nem de ter-te conhecido estou lembrado
Oh tempo por mim abandonado

Se o tempo é relativo,
não importa, tanto faz
Ele insiste em quebrar as minhas pernas
Não gosto das relações pós modernas.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Ideias

Na tentativa de escrever alguma coisa...
Não sei bem o que
Nem sei quantas páginas
Só sei que me faltaram ideias
Pensei em ficar sozinho por uns instantes
Talvez assim pensasse melhor
Sai para um lugar deserto
Onde restassem, apenas minhas ideias
Estando sozinho
Despi-me de tudo o que tinha ao meu redor
Estava numa praia deserta
Acreditei estar vazio de tudo
Mas, ainda restava a paisagem
Também o mar em sua imensidão
Então em um grande estalo
Fechei meus olhos
E restaram-me apenas as ideias.

A linguagem

Há muito tempo atrás
Antes de Hércules e Ulisses
Existia uma frondosa árvore
Dela emanavam as ideias e pensamentos
O homem servia-se dela
Aprendia todas as coisas

Com o passar do tempo
O homem descobriu a pólvora
Instrumentalizou-a
O fogo fez-se mais fácil
A vida melhorou

Debaixo desta grande árvore
Uma montanha se formou
Toda a pólvora que existia
Lá fora colocada

Num momento de confusão
Uma guerra começou
Explodiram a grande árvore
E mundo afora as ideias espalharam-se

O mundo ficou sujo como um lamaçal
Aquela sujeira o homem começou a enxugar
Com muito sofrimento
algumas ideias conseguiu juntar
Cada pouco que juntava
Construía uma nova ideia
Eis que a linguagem se formou...

Olá caros internautas.

Obrigado por entrarem no blog que pelo nome já está definido...
uma maneira de filosofar...
ah se eu fosse um poeta...