segunda-feira, 29 de junho de 2015

Futuro do pretérito

Pobres pequenos ágrafos
Daqueles povos que mal conseguiam se comunicar
Daquela gente humilde que não aprendeu a pensar
Seus olhos refletem a esperança do nada
De que nada lhes aconteça, nada aconteça
Embriagados em suas festividades
Na sacralização do fútil
Da profanação das ideias
Pobres pequenos ágrafos
Que não escreveram sua história
Que se perderam na história
E assim foram jogados de um lado para o outro
[como massa de manobra
Massificados por ideias novas
Aquelas mesmas de alguns anos
Recauchutadas em recalques e ostentações
Pobres pequenos ágrafos
Que são o futuro da nação
Um futuro em que se espera o nada
Futilizados em suas profanações
Que  não escrevem suas ideias por não terem história
Que deixam tudo passar, essa vida passar
Sem fé, sem dor, sem sentimentos, sentidos
Sem história
A historia dos pobres pequenos ágrafos