sexta-feira, 28 de maio de 2010

Povo de Babel

Novidade
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Rebanho
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Atrofiado
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Novíssimo
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Hipertexto
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Hiperdinâmico
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Rebanho
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Hiperatrofiado

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Ser Feliz

Sinto mal cheiro ao passar pelo teu quarto. Eu que sempre quis acumular meias. Achava que eram sinônimos de sapatos. Mas de tanto andar à procura delas, meu solado desgastou-se até calejar meus pés. E aqueles que andam suspensos no ar, cheios de belos sapatos... mas as meias deles... fedem... estão podres. Essas meias mancham a pureza dos sapatos... E todos querem belos sapatos, ainda que a troco de meias podres... E os sapatos estão ficando distantes... só ideias... Já não acredito que meias são garantia de sapatos... Ainda que com pés calejados... Quero apenas os sapatos.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Gravuras e Bravuras

Aquele, o melhor do bom: "O mundo está assim por causa de gente como você"! Para um amigo acomodado...

Estas palavras atingiram-me como uma flecha, penetraram o mais íntimo lugar consciente do meu ser. E eu, que sonhava em ser herói. Que iria salvar o mundo com a arma química mais poderosa... o lógos. Aquele que é capaz de mudar as estruturas mais escondidas de nós mesmos. Mas a 'mudação' da teoria à prática sofreu uma mutação. Não foi tão heróico assim... Os heróis são menos heróis do que eu imaginava. Entre o perfeito e o lúdico, encontrei pessoas. De carne e osso. Que não mudaram o mundo, mas mudaram mentes... gentes... Estes são mais heróis que os heróis. Estes sofrem como nós... sonham como nós... vivem como nós... Mas é por causa de pessoas como eles que o mundo não está pior. Eles podem ser nós...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Natural

Em tempos longínquos, no tempo da liberdade, veio uma onda gigante. Arrastando tudo existente... Povos, costumes, cultura, riqueza... Eles vieram de lá, pareciam deuses... Mas nós o vimos... Tempos e tempos se passaram. Um novo mal aconteceu. Num momento relapso do homem. O fogo chegou... Consumiu todo o homem. Ideias... cultura... dignidade... Eles estavam aqui, com ideias de lá. Mas nós o vimos... À meia noite enxergo o momento mais claro do dia. Vejo um furacão sujo... forte... Mas só de longe o vejo. Dentro parece limpo, parece não fazer nada de mal... Este devasta mais... este ninguém vê... Água, fogo, vento... Devastam, consomem... Mas este último... é mais letal. Nos arremessa pra longe. Nos tira de nós mesmos... pra fora daqui... Este eu vejo... Este, ninguém vê...

Anarquia

Vamos os pequenos. Aqueles que não nasceram. Vamos abortar. Especialmente os acéfalos. Se não tem cérebro. Não há produtividade. Logo, não existe lucro. São prejuízos... Vamos matar os grandes. Aqueles que muito viveram. Especialmente os vegetativos. Cheios de doenças nos hospitais, enchendo os corredores, sujando o chão. Eu... orto... dis... tanásia. Já não podem trabalhar. São prejuízos... Vamos matar o Estado. Aquele que muito viveu. Corrompido por seus integrantes... Especialmente os... Não fazem nada de útil... péssimos representantes... Desviam verbas. Acabam com a dignidade... São prejuízos... São prejuízos...